Belas, atraentes e perigosas, essas são as sereias, tais como as conhecemos. Mas seriam elas de fato más?

  Há muitas lendas sobre as sereias. Em algumas versões, elas são consideradas más, enquanto em outras, elas são consideradas boas. Eu acredito que tenha havido uma grande confusão nessas lendas e relatos. Há muitos elementais e alguns são muito semelhantes. A exemplo temos as sereias, as nereidas e as ondinas. Muita gente se confunde às vezes e acha que essas três criaturas são na verdade a mesma coisa. Mas não são! Podem até se assemelharem fisicamente, mas são muito diferentes em seu caráter e comportamento. As nereidas se parecem muito com as sereias, segundo as fontes em que pesquisei, mas diferem delas por serem boas e salvarem os náufragos. Muitas vezes, elas se metem com as sereias para salvarem um humano de suas garras.

   As ondinas são boas, assim como as nereidas. Mas não tem cauda - muitas vezes, elas podem ser vistas com uma cauda, mas é apenas um disfarce delas - e, diferente das nereidas e sereias, elas habitam as águas doces. Mas não se enganem com seu rostinho bonito e sua ausente cauda. As ondinas também podem afogar muita gente...

   As sereias desprezam os machos de sua espécie, pois os consideram fracos. A maioria delas vive em grupo, mas há sereias solitárias, por opção. E, essas são as mais intrigantes. Pois podem ser piores que as outras.

   As sereias que caçam em grupo tem todo um esquema para conseguirem comida. Uma sereia, geralmente a mais nova do grupo, tem de atrair a vítima, enquanto as outras ficam escondidas no fundo das águas de forma estratégica. Dessa forma, mesmo se o marinheiro pular na água e perceber que está diante de uma sereia, ele se ferra feio porque as outras lhe surpreendem e o arrastam para o fundo do mar. Elas o levam para a parte mais funda o possível e então o devoram. Se o infeliz tiver a sorte de se afogar enquanto é arrastado, bem... Senão, ele vai sofrer muito. Eu acredito que a maioria chegue ao fundo do mar com vida, pois as sereias são excelentes nadadoras e quando nadam, o fazem em uma velocidade espantosa. Seria impossível tentar competir com elas nisso.

   As sereia só procuram os machos de sua espécie quando sentem a necessidade de procriar-se. Isso pode demorar a acontecer, pois a maioria prefere procriar-se quando já se sente velha ou próxima da morte ou algo assim. Se dá à luz a uma menina, a seria a ensina sobre todos os costumes de seu povo e a ensina a caçar quando ela completa o que em nosso mundo seria treze anos de idade. A jovem sereia faria as honras atraindo um idiota, digo um marinheiro para ser devorado pelo resto do grupo (ou devo dizer cardume?). Só após passar por essa iniciação que a jovem sereia seria considerada adulta.

   Como podemos perceber, sereias são carnívoras.

Mas elas só devoram homens, certo?

   Eu acho que elas só devoram homens porque sabem que eles não conseguem ficar com as calças fechadas. Por isso, atraí-los é tão fácil. Basta exibir seus seios e fazer charme e pronto! Homem picadinho para o jantar.

   Atrair as mulheres já seria trabalho para um tritão, mas eles não são como as sereias. Motivo que levou muita gente a imaginar que eles mandam as sereias caçar e ficam escondidos só esperando o rango. Antes fosse assim...

Ah! Eles não são gays! Eles se unem às nereidas que são mais dóceis e não odeiam homens. Já as sereias... Sempre fiquei na dúvida. 

Mas e uma mulher lésbica poderia cair de amores por uma sereia e morrer assim como um marinheiro? Talvez. Não houve um caso até hoje. Não que eu saiba. Mas dizem que as sereias, por serem feministas não matam as mulheres. E, mais, se, se encantarem por uma mortal podem raptá-la para que ela faça parte de seu grupo. Agora, você pode dizer "hum, legal! Sempre quis ser uma sereia". Mas você não vai virar uma sereia. Vai ser apenas um fantasma. Nada mais que isso. A menos é claro, que algum deus ou deusa fique com pena de sua condição e o transforme em um ser da água. Mas isso dificilmente aconteceria.

O que as sereias fazem com as almas dos homens que devoram?

   Elas colecionam almas, que guardam em preciosas taças de cristal ou dentro de suas pedras preciosas. O que elas fazem com essas almas depois, eu não sei. Talvez vendam para o Crowley (Supernatural). Seria um bom negócio! haha.

Como derrotar uma sereia

   Segundo a lenda, a única forma de salvar uma pessoa do encanto de uma sereia seria cantando melhor que ela. É mole? Talvez isso seja fácil para a Katherine Jenkins, a Amy Lee ou a Tarja Turunem, mas para uma pessoa comum... Tenho certeza de que muitos se dariam mal ao tentar cantarem melhor que uma sereia. E, mesmo que isso fosse possível, eu não esperaria que elas fossem boas perdedoras. Acho que elas ficariam furiosas, assim como as bacantes e matariam todo mundo. 

    Outra forma interessante, porém arriscada de se vencer uma sereia seria roubando algum objeto pessoal dela, como seu pente de ouro ou alguma joia que ela estiver usando. A sereia então seria obrigada a realizar um desejo, fosse qual fosse. Mesmo se casar com o ladrão. Mas por que uma pessoa seria idiota o bastante para querer se casar com uma sereia? Pensem comigo, elas são muito espertas e perigosas. Uma hora, você teria de dormir e ela encontraria o objeto escondido e comeria seu coração. Ah! Ela também teria a opção de te ameaçar. Fala sério, eu não resistiria a uma ameaça de uma criatura tão poderosa. Ou ela simplesmente te mataria e encontraria o objeto de qualquer forma. Ela tem poderes. Não é uma idiota!

As sereias são amaldiçoadas?

 

   Dizem por aí (em muitos blogs) que há uma passagem na bíblia em que uma mulher amaldiçoa sua filha e ela se torna uma sereia. Nunca li isso, então não posso dizer se é verdade ou não. Vou investigar e quando descobrir eu faço um novo post, falando sobre isso. Mas se for verdade, já seria uma prova para muita gente de que as sereias são reais. Afinal de contas, quase ninguém ousa duvidar de que o que está escrito na bíblia não seja verdade. 

   Na Grécia antiga, as sereia eram descritas como pássaros com cabeças humanas. Deviam ser assustadoras! Posteriormente, elas foram descritas como criaturas híbridas (metade mulher, metade peixe), gigantes (com mais de três metros) e aladas. Pelo que entendi, as sereias aladas eram de menor porte. Mesmo assim, não devia ser nada reconfortante saber que as sereias tinham asas. Isso assombrou tanto os marinheiros e pescadores que eles encontram uma forma de abortar essa versão.

   As sereias teriam verdadeiro fascínio por cruzes - isso explicaria a versão bíblica do mito - e assim como o fossegrim, desejaria o perdão de Deus. Se alguém as batizasse, elas se tornariam boas. Há até uma santa sereia! Acreditem se quiserem. ©

Aos marinheiros desavisados...

  Românticos, sedutores e misteriosos... Assim sãos as ninfas, ondinas, sereias e fossegrins. Elementais da Água. Eu amo muito os seres da água, embora não tenha um contato mais íntimo com eles. Nunca deixei de acreditar em sua magia e sempre sonhei em morar em uma ilha para viver mais perto deles. Eu sei que muita gente teme esses seres por causa da reputação das sereias, que tem a má fama de devorarem marinheiros. Mas, gente! Tadinhas, elas precisam se alimentar e quem somos nós para recriminá-los se comemos carne de animais indefesos, como a vaca, o peixe e a galinha? Vocês não querem que ela, sendo parte peixe, se alimente de peixes. Certo? Além do mais, certos homens são tão nojentos que merecem mesmo morrer! Me desculpem, meninos... Mas você tem de concordar comigo que é burrice da parte de vocês ver uma mulher gostosa no meio do mar e ir até ela com segundas intenções. E quanto àquele ditado "quando a esmola é muita, o santo desconfia"? As sereias só devoram vocês porque vocês são bobinhos, meus amores. E agora eu fiquei com peninha de vocês. Sério! Não se atirem nas águas nem se virem a Megan Fox  se afogando. Eu sei que vocês são uns fofos com alma de super-heróis e adoram resgatar donzelas em perigos, mas sejam espertos porque as sereias são espertas e se não importa se você é o Zac Efron ou o Nick Carter ou quem quer que seja, elas só estão interessadas numa única coisa... Comê-los. Ops, quis dizer, devorá-los. RsRs. Enfim, recado dado a vocês meus lindos!

É o Boto!

   E vocês meninas... Rachando o bico? Pois saibam que os meninos não são os únicos ingênuos que caem nas garras dos elementais da água. Vocês (eu poderia dizer 'nós', mas minha bissexualidade me salva porque eu posso pensar em uma garota se quiser resistir ao charme de um garotão e vice-versa) também dão mole! Fala sério? Vocês conhecem a lenda do Boto, então porque dão trela justo para o carinha mais gato da festa que está todo vestido de branco e usando um chapéu (ou boné, tenho certeza que o boto mudou de visual para não ser descoberto) para esconder o furinho que tem em sua cabeça? Por que o seguem até às margens de um lago, rio ou o diabo que for e dão... 'atenção' pra ele? Isso não é coisa de moça decente. Liberar logo no primeiro encontro? Puxa! Eu imagino o que os botos pensam das humanas. Então, se você não é dessas, já sabe. Fique longe do cara mais gato da festa que estiver todo de branco e usando um boné bacana. É o safado do boto disfarçado.

  Com este post doido, eu pretendo mostrar a vocês que, por mais perigosos que os elementais da água sejam, eles não obrigam ninguém a nada.  O Boto, por exemplo, nunca arrastou uma moça até às margens de um rio e a forçou a nada. Pelo contrário, por ser um elemental da água e também por estar acostumado a presença de humanos que vez ou outra entram em suas águas e nadam em sua companhia, eles não são selvagens. Se levam um fora - e isso dificilmente acontece porque eles são fofos -, eles ficam aborrecidos, mas logo partem para outra. É como naquela maldita música do Gustavo Lima que diz "você não quis..." O resto, vocês já sabem!
   Não há possibilidade de final feliz com esse elemental. A moça termina com um filho nos braços. Fim da história.

   No caso dos golfinhos, eles também podem ser tritões ou ondinos disfarçados. Mas calma, os tritões são totalmente o oposto às sereias. Eles são dóceis e não se alimentam de carne humana. Na verdade, não é à toa que as sereias são tão solitárias. Elas desprezam os machos de sua espécie. E só se aproximam deles quando desejam procriar-se. Os tritões se sentem solitários e tentam se aproximar dos seres humanos, os quais eles admiram muito. Mas eles sabem que humanos são medrosos e tem de se disfarçar. E que melhor disfarce que o de um golfinho simpático e brincalhão? Já houve casos em que um tritão, disfarçado de golfinho, se apaixonou por uma mortal e a conduziu até sua rica morada, no fundo das águas. Chegando lá, ele assumiria sua verdadeira forma. Se declararia à moça e pediria sua mão. Imagino que, a essas alturas, a moça já esteja morta por estar tão abaixo da superfície. Mas enfim... Elas ficam tão encantadas que, dificilmente recusam o pedido do tritão. Nesse caso, podemos dizer que eles tem um final feliz. Mas não podemos esquecer, que o preço custa a vida da humana. E aí, será que vale a pena morrer para viver em um paraíso aquático.

   Também tem o nosso querido Fossegrim. Aquele gato que aparece tocando violino na cachoeira. O único jeito de ficar com ele é morrendo ou morrendo porque ele não consegue ficar muito tempo longe da água. Podendo definhar e morrer. Humm... Quando eu falo de fossegrins, me lembro daquele clip "Caliente", da cantora romena Inna. Já pensou encontrar um fossegrim gato como o do clip da Inna? Eu não sei quem é mais foda, se a própria Inna ou aquele cara.

  E, voltando ao assunto, eu acho que se você tomar cuidado, não tem perigo algum em se trabalhar com certos elementais da água, como as ninfas e os tritões. Também tem as Nereidas e as Ondinas, que são semelhantes às sereias, mas assim como os tritões, boas. Inclusive, protegendo humanos de sereias. ©

Kodama ou ko-dama é um youkai do folclore japonês. É um espírito que habita nas árvores, geralmente nas de maior idade ou tamanho, sendo por isso fortes, poderosos e bastante velhos. A maioria dos Kodama é pacífica e serena, partilhando a sua sabedoria com aqueles com os quais são capazes de se comunicar.

Os kodama conseguem imitar vozes humanas, criando assim ecos em uma floresta — a palavra kodama também pode significar eco.

Apesar de pacíficos, os kodama reagirão agressivamente contra aquele desrespeitar o meio ambiente: acredita-se que quem derrubar uma árvore com kodama amaldiçoará toda a sua aldeia. Quando se acredita que uma árvore possui um kodama, é comum colocar à sua volta uma corda sagrada (shimenawa) para protegê-lo.

A Yuki-onna,associada ao inverno e tempestades de neve,é considerada o espírito da neve personificada,mas em outras lendas dizem que ela é o espírito de alguém que morreu enterrado na neve,de frio.Algumas pessoas acreditam que ela seja uma princesa da lua,que desceu para investigar a Terra.Ela então descobriu que não conseguia voltar para a lua.Dizem que essa princesa ajuda pessoas perdidas na neve.

A Yuki-onna é uma mulher alta,magra e surpreendentemente bonita.Ela é muito pálida.Em algumas histórias ela veste um kimono branco,mas em outras,ela simplesmente não veste nada.

Até alguns anos atrás,se acreditava que ela era má.No entanto,acredita-se atualmente que ela protege quem se perde na neve.Na Prefeitura de Iwate,dizem que ela aparece na Véspera do Ano Novo.

Em muitas histórias,dizem que ela aparece para os viajantes e em seguida os congela com seu hálito de gelo.Em alguns contos,ela se manifesta carregando uma criança.

No entanto,em algumas lendas,a Yuki-onna é descrita como uma figura bem pior,dizendo que ela invade a casa das pessoas para mata-las enquanto dormem (em algumas versões,dizem que ela tem que ser convidada primeiro,similar a um Vampiro).

Apesar disso,como a neve que ela representa,ela tem um lado bom.Um mito diz que ela deixou um garoto escapar um dia devido a sua generosidade,mas ela fez o garoto prometer nunca mencionar isso.Anos depois,ele fala isso para sua esposa,esta revela que é ninguém menos do que a Yuki-onna,que então vai embora sem dizer uma palavra.Em uma lenda similar,após um homem descobrir que sua esposa era a Yuki-onna,esta derrete,assim como a neve.

A Ame-onna é uma entidade feminina que aparece durante as tempestades e as noites de chuva, e as histórias quanto à sua origem e às suas aparições variam de região para região.

Para alguns, a Ame-onna seria o próprio espírito da chuva, sendo assim uma yousei*. Na China, ela é chamada de Yao Ji, a Deusa da Montanha Wushan.

Uma antiga lenda chinesa conta que Yao Ji era a vigésima terceira filha da Rainha-Mãe do Oeste. Ela era inteligente, bondosa, de temperamento ativo. Não conseguindo mais suportar a pacata vida no palácio celestial, ela o deixou, voando pelos céus. Ela voou sobre milhares de montanhas e viu muitas cenas maravilhosas do mundo dos humanos. Mas quando ela chegou às neblinas que encobriam a Montanha Wushan, ela viu doze dragões causando problemas às pessoas e viu Yu, O Grande, tentando controlar as águas do Rio Amarelo, que estava inundando a região. Admirada pela determinação de Yu, Yao Jin decidiu ajudá-lo.

Do topo de uma nuvem, ela apontou para os dragões. Trovões começaram a ressoar, causando o tremor da terra e das montanhas. Quanto tudo se acalmou, os corpos dos doze dragões haviam se transformado em doze enormes montanhas. Yu subiu ou topo da Montanha Wushan para expressar sua gratidão para com Yao Ji, mas tudo o que ele viu foi uma singela pedra delgada, erguida em direção aos céus. A rocha ficou conhecida como o “Pico da Deusa”, e, desde então, contam que Yao Ji aparece pela manhã como nuvem e à noite como chuva naquela Montanha.
No Japão, dizem que a Ame-onna é uma yuurei**, sendo o espírito de uma mulher que perdeu seu filho em uma noite de chuva. Outros contam que é o espírito de uma mulher que seqüestra as crianças durante a noite.


Fonte:
http://youkai-soul.blogspot.com.br/2012/01/espirito-da-chuva-ame-onna.html

Melusina é uma personagem da lenda e folclore europeus, um espírito feminino das águas doces em rios e fontes sagradas.

Ela é geralmente representada como uma mulher que é uma serpente ou peixe (ao estilo das sereias), da cintura para baixo. Algumas vezes, é também representada com asas, duas caudas ou ambos, e, por vezes, mencionada como sendo uma nixie.

Versões literarias:

A mais famosa versão literária dos contos de Melusina, aquela de Jean d'Arras, compilada em cerca de 1382–1394 foi elaborada numa coletânea de "histórias inventadas" pelas damas enquanto teciam.

O conto foi traduzido para o alemão em 1456 por Thüring von Ringoltingen, a versão que tornou-se popular como conto de fada. Foi posteriormente traduzido em inglês (cerca de 1500), e freqüentemente reimpresso tanto no século XV quanto no século XVI. Há também uma versão em prosa chamada a Chronique de la princesse ('Crônica da princesa').
Ela conta como Elynas, o Rei de Albany (um eufemismo poético para a Escócia) saiu para caçar certo dia e deparou-se com uma bela dama na floresta. Ela era Presina, mãe de Melusina. Ele persuadiu-a a casar-se com ele, e ela só concordou sob a condição — pois freqüentemente há uma condição dura e fatal vinculada a qualquer união entre fada e mortal — de que ele não deveria entrar na alcova quando ela desse à luz ou banhasse suas crianças. Ela deu à luz trigêmeas. Quando ele violou este tabu, Presina deixou o reino com suas três filhas, e viajou para a ilha perdida de Avalon.

As três garotas — Melusina, Melior e Palatina (ou Palestina)— cresceram em Avalon. Em seu décimo-quinto aniversário, Melusina, a mais velha, perguntou por que elas haviam sido levadas para Avalon. Ao ouvir sobre a promessa quebrada pelo pai, Melusina jurou vingança. Ela e suas irmãs capturam Elynas e o trancafiam, com suas riquezas, numa montanha. Presina se enraivece quando toma conhecimento do que as garotas haviam feito e as pune por ter desrespeitado o pai. Melusina foi condenada a tomar a forma de uma serpente da cintura para baixo, todo sábado.

Raymond de Poitou encontrou Melusina numa floresta da França, e lhe propôs casamento. Da mesma forma que sua mãe havia feito, ela estabeleceu uma condição, a de que ele nunca deveria entrar no quarto dela aos sábados. Ele quebrou a promessa e a viu sob a forma de uma meia-mulher, meia-serpente. Ela o perdoou. Somente quando, durante uma discussão, ele a chamou de "serpente" em plena corte, é que ela assumiu a forma de um dragão, deu-lhe dois anéis mágicos e se foi para nunca mais voltar.

No "The Wandering Unicorn" de Manuel Mujica Láinez, Melusina conta sua história de vários séculos de existência, da maldição original até a época das Cruzadas.

Lendas:

As lendas de Melusina estão especialmente ligadas às áreas setentrionais, mais célticas, da Gália e dos Países Baixos. Sir Walter Scott narrou uma história de Melusina em Minstrelsy of the Scottish Border (1802—1803), confiante que

    "o leitor encontrará as fadas da Normandia ou Bretanha, adornadas com todo o esplendor da descrição oriental. Também a fada Melusina, que casou-se com Guy de Lusignan, Conde de Poitou, sob a condição de que ele nunca tentasse invadir sua privacidade, pertence a essa última categoria. Ela deu ao conde muitos filhos, e construiu para ele um magnífico castelo através de artes mágicas. Sua harmonia não foi interrompida até que o marido xereta quebrasse as condições da união, ocultando-se para espionar a mulher tomando seu banho encantado. Mal Melusina descobriu o intruso indiscreto, transformou-se num dragão e partiu com um grito de lamentação, e nunca foi mais foi vista por olhos mortais; ainda que, mesmo nos dias de Brantôme, ainda se supunha que ela protegia seus descendentes, e teria sido ouvida lamentando-se nas correntes de ar à roda das torres do castelo de Lusignan, na noite antes que este fosse demolido."

Quando o conde Siegfried das Ardenas comprou os direitos feudais sobre Luxemburgo em 1963, seu nome estava ligado a versão local de Melusina. Em 1997, Luxemburgo emitiu um selo postal comemorativo
desta Melusina, que possuía basicamente os mesmos dons mágicos que a ancestral dos Lusignan. A Melusina de Luxemburgo fez surgir o castelo de Bock por mágica na manhã após o casamento dela. Pelos termos do matrimônio, ela exigiu um dia de absoluta privacidade a cada semana. Infelizmente, Sigefroid, como os luxemburgueses o chamam, "não conseguiu resistir à tentação e num dos dias proibidos ele a espiou no banho e descobriu que ela era uma sereia. Quando ele soltou um grito de surpresa, Melusina percebeu-o e a banheira imediatamente afundou-se na rocha sólida, carregando-a com ela. Melusina surge brevemente na superfície a cada sete anos como uma bela mulher ou serpente, carregando uma pequena chave de ouro na boca. Quem quer que tire a chave dela a libertará e poderá tomá-la como sua noiva. "

Martinho Lutero conhecia e acreditava na história de outra versão da Melusina, die Melusina zu Lucelberg (Lucelberg na Silésia), a quem ele se refere várias vezes como um súcubo (Obras, edição Erlangen, volume 60, pp. 37-42). Johann Wolfgang von Goethe escreveu o conto Die Neue Melusine em 1807 e publicou-o como parte do Wilhelm Meisters Wanderjahre. O dramaturgo Franz Grillparzer encenou o conto de Goethe e Felix Mendelssohn criou uma abertura de concerto denominada "A Fada Melusina", seu Opus 32.

Melusina é um dos espíritos das águas pré-cristãos que às vezes são responsabilizados pela troca de crianças. A "Dama do Lago" que sumiu com o bebê Lancelot e o criou, era desta espécie perigosa de ninfa das águas.

     Lorelei, a pequena sereia do Reno, deu o seu nome a uma triste e bela lenda alemã. Tratava-se de uma mulher extraordinariamente bela, que vivia na cidade de Bacharach-sur-le-Rhin. O seu maior prazer era sentar-se num rochedo perto da margem, e pentear o seu longo cabelo louro, contemplando o seu reflexo na água e cantando uma canção cujo refrão dizia:

- Lorelei, Lorelei, Lorelei!

Lorelei era tão bela, que todos os homens se apaixonavam por ela. Todos sucumbiam aos seus encantos e ela não conseguia recusar os seus avanços. Era uma causa permanente de escândalos na pequena cidade, tanto mais que a maioria dos seus amantes, não suportando que ela não lhes desse o seu amor exclusivo, caíam em languidez, e às vezes suicidavam-se. Em breve, a Igreja soube do sucedido, e o Bispo persuadido que Lorelei era uma criatura do demónio, instrui-lhe um processo de feitiçaria. Interrogou-a longamente em tom severo, mas Lorelei respondeu-lhe com tal franqueza e inocência, que o austero Bispo, sentindo-se tocado no fundo do coração, deixou em liberdade a bela feiticeira. Esta todavia, pôs-se a chorar, dizendo:

- Não posso continuar a viver assim! A minha beleza traz a desgraça a todos os homens. Quanto a mim, apenas amei um homem e foi o único que me abandonou.

O Bispo cheio de pena, propôs a Lorelei que fosse para um convento, para se dedicar a Deus. Ela aceitou com o coração oprimido e pôs-se a caminho, acompanhada por três cavaleiros que lhe serviam de escolta. Chegados a uma falésia que dava para o Reno, ela disse-lhes:

- Deixem-me contemplar, uma ultima vez, o Reno, para que possa lembrar-me dele na minha cela.

Escalou o rochedo, e do cimo, viu um barco que vogava no Reno, então gritou: - Olhem este barco! O barqueiro é o homem que amo, o amor da minha vida! E em seguida, atirou-se ao Reno, sem que nenhum dos três cavaleiros a pudesse impedir.

Desde esse dia, cada vez que um barqueiro do Reno, entra no porto, julga ver, Lorelei, transformada em sereia e a chorar, sentada nos rochedos, penteando os seus longos cabelos de ouro.

E ouvem-se ao longe vozes, que dizem: - Lorelei! Lorelei! Lorelei!

São as vozes dos impotentes cavaleiros, que assistiram á morte de Lorelei.

Um poema a Lorelei

Lorei

Fada, querida !Foi verdade ou mentira?
Uma serenata cantada para me atrair - Céus! - não para me cortejar?
Uma mênade, mas, ainda assim, a mais doce menina.
Certamente me desvendastes complacentemente a pureza da vida.
Lorelei,
Uma poeta de tragédias,
Escrevo louvores à morte
Como ouso ?

Lorelei,
Não consegues ver que eu preciso de ti ?

Não consegues ver quão dolorosa é esta perda?
Habilidosamente recitaste a trágica pasquinada

Por todos os anos um deleite tão extraordinário
Causado por todos os olhares perplexos a observarem a confusão
E em meio a tudo isso lhe ofereci meu gentil comprimento:
O pobre idiota que alimentava o fogo
Curvou-se mendicante contra o meu coração medroso.

Lorelei,
Uma poeta de tragédias,
Escrevo louvores à morte
Que ousada ?
Não consegues ver que eu preciso de ti ?
Não consegues ver quão dolorosa é esta perda?
Talvez eu deva a ti esta elegia
Fora contrariada? Então preocupe-se com seu futuro.
Entre o Céu e o Inferno estas tu a incomparável fênix
Te peço, querida! - corteja à mim, não àquele prolixo furioso!