As ninfas sombrias podem chamar a atenção pela sua aparência assustadora ou por seu comportamento malévolo e lascivo. Geralmente, seduzem os homens para enlouquecê-los ou matá-los afogados. Podem raptar crianças como as Rusalkas fazem. Outras, como as Topielec, não fazem distinção entre homens e mulheres e levam qualquer um que se aproximar de suas águas. No caso das Topialec, a pessoa que morre afogada se junta a eles, já que Topielec também seriam espíritos de pessoas que morreram afogadas.
No entanto, nem todas fazem mal aos humanos, agindo mais como guardiãs de um lugar ou objeto, o qual foram designadas a protegerem. Perturbá-las não é uma boa ideia, a menos que deseje se juntar a elas para sempre.
No entanto, nem todas fazem mal aos humanos, agindo mais como guardiãs de um lugar ou objeto, o qual foram designadas a protegerem. Perturbá-las não é uma boa ideia, a menos que deseje se juntar a elas para sempre.
Lâmpades
As lâmpades ou lâmpadas (lampádes, derivados de lampás, "archote" em grego) são as ninfas do submundo, chamadas em latim de nymphae avernales.
Companheiras da deusa Hécate, foram presenteadas por Zeus como recompensa pela lealdade de Hécate na Titanomaquia. Elas carregam archotes e acompanham Hécate nas suas viagens e aparições noturnas. Alguns diziam que seus archotes tinham o poder de levar uma pessoa à loucura. Eram associadas às celebrantes de Eleusis que carregavam tochas durante os ritos noturnos dos mistérios de Deméter e Perséfone.
Mavkas
Do folclore eslavo, Mavkas são ninfas sombrias das águas. Acreditava-se que moças virgens que morriam afogadas ou meninas que morriam sem antes serem batizadas transformavam-se em Mavkas.
Estas criaturas são descritas como lindas e sedutoras quando vistas de
frente, mas sua visão das costas é tenebrosa, não há pele ou músculos
lá, suas vísceras e outros órgãos internos estão expostos, por isso seus
cabelos são enormes, capazes de cobrir suas costas. Elas não possuem
sombra nem reflexo.
Elas costumam atrair crianças, moças e rapazes ou para suas águas onde
os afoga, ou para dentro da floresta onde costuma lhe fazer cócegas até
que a pessoa morra, talvez, venha daí a famosa expressão, "morrer de
rir"; também podem arrancar a cabeça da pessoa. No entanto, há uma
maneira de escapar com vida dessas ninfas, acredita-se que se você lhe
der um pente, ela pode conceder-lhe um desejo (seja esperto e peça para
viver, amiguinho), e se você lhe entregar um pouco de água benta, a
liberta de seu fado, e como recompensa, ela também pode conceder-lhe um
desejo.
Antigamente nas aldeias da Ucrânia, as pessoas, quando entravam
na floresta, sempre andavam carregando uma imagem da deusa Artêmis, no
caso de ver uma Mavka, lhe daria a representação da divindade dizendo:
На тобі, мавко, полинь, а мене покинь, que significa “Pegue Ártemis e me deixe em paz”.
As Mênades, também conhecidas como Bacantes, Tíades ou Bassáridas, eram mulheres seguidoras e adoradoras do culto de Dionísio, conhecidas como selvagens e enlouquecidas porque delas não se conseguia um raciocínio claro. Durante o culto dançavam de uma maneira muito livre e lasciva, em total concordância com as forças mais primitivas da natureza.
Mênades
As Mênades, também conhecidas como Bacantes, Tíades ou Bassáridas, eram mulheres seguidoras e adoradoras do culto de Dionísio, conhecidas como selvagens e enlouquecidas porque delas não se conseguia um raciocínio claro. Durante o culto dançavam de uma maneira muito livre e lasciva, em total concordância com as forças mais primitivas da natureza.
Os mistérios que envolviam o deus Dionísio provocavam
nelas um estado de êxtase absoluto e elas entregavam-se à desmedida
violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguez e autoflagelação.
Estavam sempre acompanhadas dos sátiros embalados pelos sons dos
tamborins dos coribantes, formando uma espécie de trupe que acompanhava o
deus do vinho nas suas aventuras. Andavam nuas ou vestidas só com
peles, grinaldas de Hera e empunhavam um tirso - um bastão envolto em
ramos de videira.
Por onde passavam iam atuando como chamariz na
conversão de outras mulheres atraindo-as para a vida lasciva.
Evidentemente que o comportamento livre e desregrado delas causava
apreensão, senão pânico nos lugarejos e cidades onde o cortejo báquico
passava. Quando assaltadas por um furor qualquer, não conheciam limites
ao descarregar a sua cólera. O maior divertimento das Mênades ou
Bacantes era submeter os homens ao sofrimento, despedaçando-os antes de
comê-los enquanto estavam em transe. Por isso, obrigavam-se a procurar
refúgio no alto das montanhas, onde podiam exercer sua estranha liturgia
sem a presença de olhares de censura ou reprovação.
As Mênades estão presentes no mito de Orfeu, que se recusava a olhar
para outras mulheres após a morte de sua amada Eurídice. Furiosas por
terem sido desprezadas, as Mênades o atacaram atirando dardos. Os dardos
de nada valiam contra a sua música mas elas, abafando sua música com
gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo
e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, que flutuava cantando:
"Eurídice! Eurídice!"
Por sua crueldade, às Mênades não foi
concedida a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra
em triunfo, sentiram seus dedos entrarem no solo. Quanto mais tentavam
tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam até que elas se
transformaram em silenciosos carvalhos. E assim permaneceram pelos anos,
batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira
de Orfeu.
Têmides
As têmides eram ninfas filhas de Zeus e da titânide Têmis, que viviam em uma caverna do rio Erídano: Aerica (o hábito), Lipara (a perseverança) e Astérope (a face brilhante). Personificavam as leis divinas e eram as guardiãs de importantes artefatos dos deuses.
Askefruer
Askefruer (“Mulheres-Freixo”) são as Ninfas dos Freixos, dotadas de poderes
curativos e mágicos. O freixo é uma árvore sagrada para os povos
nórdicos: representa a Árvore do Mundo, Yggdrasil, e é a matéria-prima
para a criação de Ask, o primeiro homem. Essas Ninfas aparecem como
mulheres peludas, com cabelos de raízes, seios volumosos e vestidas de
musgo. Eram celebradas em três de agosto com oferendas de bebida, mel,
perfume, flores e frutas.
Bushfrauen
Eram as guardiãs das florestas seculares da Europa central, protetoras
dos viajantes. Um grupo das Bushfrauen também cuidava das árvores
frutíferas, mas somente se fossem devidamente homenageadas e as pessoas
tratassem as árvores com amor e respeito. Apareciam como mulheres com o
corpo feito de troncos de árvore (às vezes oco nas costas), seios
caídos, pele enrugada, cabelos esbranquiçados ou dourados e pés cobertos
de musgo. Para se protegerem dos predadores, elas viviam dentro do
tronco das árvores velhas, mas podiam revelar o segredo das ervas
curativas para aqueles que as honrassem e presenteassem. Sua rainha era
Bushgrossmutter (“A Avó dos Arbustos”), que era um elfo feminino com
cabelos brancos e pés de musgo. Antigamente, no dia treze de janeiro, elas recebiam oferendas de sidra, maçãs assadas com mel e especiarias, fitas coloridas e moedas.
Topielec
Topielec (plural Topielce), Vodník ou Utopiec é um nome aplicado à espíritos eslavos da água. O topielce são
espíritos de almas humanas que morreram se afogando, residindo no
elemento de seu próprio falecimento. São responsáveis por sugar pessoas
para dentro de pântanos e lagos tão bem quanto matar os animais de pé
próximos a águas paradas.
Rusalkas
As
Rusalkas são perigosas entidades feminas da água no folclore russo,
geralmente consideradas espíritos de jovens afogadas. A palavra "Rusalka",
segundo o lingüista germano-russo Max Vasmer, referia-se originalmente
às danças de roda das jovens nas festas de Pentecostes ( mais conhecida
no Brasil, como festa do Divino Espírito Santo) e deriva, através do
latim "rosalia" (Festa das rosas), nome dado a essa celebração
pelos romanos antes de ser assimilada pelos Pentecostes cristãos, hoje
comemorado 50 dias após a páscoa.
Durante os meses de inverno, as Rusalkas vivem no fundo da água, sob o gelo. No verão, principalmente na chamada Semana das Rusalkas
( Rusal'naia, no início de junho), podem deixar a água e subir às
árvores das florestas vizinhas, tornando-se um perigo para os homens que
se aventuram nas suas proximidades. Trepam aos galhos de salgueiro ou
vidoeiro que pendem sobre a água e à noite, quando o luar ilumina a
floresta, descem das árvores e dançam nas clareiras. Às vezes, vão às
fazendas para dançar. Os russos dizem que o lugar onde elas dançam podem
ser encontrados procurando-se por pontos onde a grama cresce mais
espessa e o trigo mais abundante. Estes círculos são chamados Korovodyi, em russo, ou korowody, em polonês. Até os anos 1930, o enterro ou banimento ritual das Rusalkas no final da Rusal'naia permaneceu como um entretenimento comum.
No norte da Rússia, as Rusalkas tem a aparência de mulheres afogadas
nuas, cadavéricas, com olhos que brilham com um maligno fogo verde, ou
então brancos, sem pupilas. Ficam na água ou perto dela, à espera de
viajantes descuidados. Arrastam as vítimas para a água, onde as
aterrorizam e torturam antes de matá-la.
No sul da Rússia, aparecem como belas jovens em roupas leves, com
rostos como o luar. Atraem suas vítimas cantando docemente nas margens
dos rios, enquanto trançam seus longos cabelos. Quando a vítima entra na
água para encontrá-la, a rusalka a afoga.
Além disso, as Rusalkas podem arruinar as colheitas com chuvas
torrenciais, rasgar redes de pesca, destruir represas e moinhos d' água e
roubar roupas, linho e fios das mulheres humanas. Entretanto, os
viajantes podem proteger-se ao passar perto da água se levarem algumas
folhas de losna (artemisia absinthium). Espargir losna em qualquer coisa
que uma rusalka possa querer roubar ou destruir também as mantêm à
distância. Se elas se tornarem particularmente preocupantes em uma
região, grandes quantidades de losna devem ser espargidas no rio ou
lago.
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